quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

3º Festival Internacional de Cinema do Funchal

Data: 2 a 10 Novembro 2007

Dos cerca de 150 filmes submetidos, foram seleccionados 8 para a secção competitiva.
Foram convidados para membros do júri a produtora brasileira Elisa Tolomeli; o distribuidor francês Bruno Chatelin; o jornalista português José Vieira Mendes; a realizadora brasileira Malú De Martino e o director de fotografia José António Santos.

Esta edição do festival homenageou o realizador português José Fonseca e Costa e a actriz britânica Susannah York.

O Palmarés:
Melhor Filme – BLISS (Turquia), Abdullah Oguz
Melhor Realizador – ABDULLAH OGUZ por “Bliss”
Melhor Actriz – OZGU NAMAL por “Bliss”
Melhor Actor – LIMA DUARTE por “Depois Daquele Baile”
Melhor Argumento – PILAR ANGUITA-MACKAY por “La Memoire des Autres”
Prémio Especial do Júri – EN LA CAMA (Chile), Matias Bize

Prémio do Publico – URANYA (Grécia), Costas Kapakas

Homenagem a Susannah York

SUSANNAH YORK , a encantadora britânica loira e dos olhos azuis, despertou qualidades artísticas quando se atreveu a emigrar para Hollywood no início da década de 60.
Nasceu em Londres em 1941 mas foi na Escócia onde passou a infância e a juventude.
Mais tarde frequentou a London's Royal Academy of Dramatic Act, tendo ganho o prémio “Ronson” para a aluna mais promissora da escola.
O seu debut cinematográfico aconteceu no drama clássico de guerra “Tunes Of Glory” (1960) onde contracenou com Alec Guinness.
Rapidamente ascendeu como uma das actrizes mais versáteis e sensíveis, tendo participado em dramas como “The Greengage Summer” (1961) ou “Freud” (1962) de John Huston, onde contracenou com o consagrado Montgomery Clift.
Em “Tom Jones” (1963), foi o grande amor de Albert Finney, seguindo-se outros notáveis desempenhos em “The 7 th Dawn” (1964) com William Holden, “Kaleidoscope” (1966) com Warren Beatty, “A Man for All Seasons” (1967) com Orson Welles, “The Killing of Sister George” (1968) de Robert Aldrich e “Country Dance” (1968) ao lado de Peter O'Toole.
A confirmação do estatuto de estrela de cinema chegou em 1969 com a sua interpretação no filme de Sydney Pollack “They Shoot Horses, Don't They?” e que lhe valeu o prémio BAFTA assim como a uma nomeação ao Óscar de Hollywood e ainda a um Globo de Ouro como Melhor Actriz.
Em 1972 notabilizou-se em “Zee and Co.” ao lado de Elisabeth Taylor e Michael Caine. No mesmo ano com “Images” de Robert Altman, arrecadou a Palma de Ouro do Festival de Cannes como Melhor Actriz pelo desempenho realista de uma personagem perturbadora, numa história baseada num livro da sua autoria.
Em 1975 interpretou mais um grande papel ao lado de outro York, Michael York e de Richard Attenborough e Christopher Plummer em “Conduct Unbecoming”. Três anos depois surge no ecrã num dos mais populares filmes de sempre, “Superman” I e II, com Christopher Reeve, onde interpretou o papel de mãe do super-herói, cabendo o de pai, a Marlon Brando.
Ainda na década de 70, escreveu os livros infantis “In Search of Unicorns” e “Lark's Castle” entre outras notáveis actuações em cinema e televisão.
Na década de 80 protagonizou entre outros, “The Awakening” ao lado de Charlton Heston e “Falling in Love Again” com Michelle Pfeiffer, sendo também a autora do argumento deste filme.
Também no palco, Susannah York mostra a sua versatilidade e a carreira regista enorme sucesso com peças como “Independent State”, “Picasso's Women”, “The Human Voice” ou “The Loves of Shakespeare's Women”, enquanto nos maiores e variados palcos de teatro aceitava desafios como “Peter Pan”, “Hamlet”, “Camino Real”, “The Merry Wives of Windsors”, “A Streetcar Named Desire”, “Private Lives” e “Agnes of God”.
Actualmente, Susannah York continua com grandes desempenhos em cinema, evidenciando-se, uma vez mais, em “The Gigolos” (2006) num papel encantador e de similitude com as actrizes da sua geração: Judi Dench, Maggie Smith, Julie Christie, Vanessa Redgrave e Helen Mirren.
Este é o merecido reconhecimento da lendária Susannah York.